Precisamos falar sobre Fibromialgia

09:23

Oii Galera!
Hoje vamos falar de um assunto diferente. Você sabe oque é fibromialgia? Pois bem, aos 16 para os 17 anos, fui diagnosticada com fibromialgia, e hoje venho contar para vocês a minha história.
Vem comigo!

Oque é fibromialgia? 


 Vamos começar do começo, afinal, a fibromialgia começou a ser mais pesquisada e conhecida há pouco tempo, pois antes, era uma síndrome pouco conhecida e sem explicações, então vamos lá, a fibromialgia é uma síndrome crônica, de dor continua e insistente e sem um tratamento específico até o momento.

 De acordo com o site do Hospital Sirio Libanes


 A fibromialgia é uma síndrome de causas ainda desconhecidas. Mas, que pode provocar dores fortes por todo o corpo durante muito tempo ou sensibilidade nas articulações, nos músculos e nos tendões. Isso acontece devido uma alteração da interpretação dos estímulos recebidos pelo cérebro e também pelos receptores cutâneos.

"A fibromialgia (FM) atige de 2 a 10% da população mundial, sendo predominante entre mulheres jovens e de meia idade (20 a 50), em uma proporção de sete mulheres para cada homem. Estes são os dados que temos, mas pode acometer pessoas de qualquer idade ou gênero", alerta o Dr. Charles Amaral de Oliveira, membro da American Society of Interventiomal Pain Physicians (ASSIP).

Segundo o reumatologista Thiago Bitar do corpo clínico dos Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, o que causa a fibromialgia são os estímulos captados e interpretados de uma maneira anômala pelo cérebro, ou seja, um simples abraço ou um aperto de mão mais forte pode desencadear essas dores.


2 - Quais os sintoma?

Os sinais mais visíveis de quem possui essa síndrome são: dores generalizadas, espalhadas pelo corpo e articulações, podendo durar meses; fadiga e cansaço durante o dia; sono prejudicado, em alguns casos o paciente apresenta quadros de apneia ou insônia, problemas cognitivos e alteração da memória, transformando uma simples tarefa de atenção ou concentração em algo difícil de ser realizado. Segundo o reumatologista Dr. Thiago Bitar em alguns casos a fibromialgia pode desencadear um fenômeno vascular chamado Raynaud, que causa alteração da cor das mãos e dos pés quando em situações de estresse ou baixas temperaturas.

3 – E o diagnóstico?

Essa doença é mais comum entre as mulheres, mas todos os sexos e diversas faixas etária podem ser atingidos. Ela também pode ser adquirida geneticamente e caso exista algum caso em sua família basta procurar um médico especialista. A blogueira Mirian Assis que possui a síndrome, relata como foi sua descoberta: "Tenho 39 anos e era bem ativa até quatro anos atrás, quando comecei a sentir dores no peito, tonturas, picos de pressão e desmaios, indo parar no posto de saúde. Procurei ortopedistas, neurologistas e cardiologistas, sempre fazendo exames que não davam em nada. Eu só piorava, até fui encaminhada para um reumatologista. Recebi então o diagnóstico de fibromialgia, síndrome que me causa muita dor, depressão e outros sintomas".

Para o especialista Dr. Thiago Bitar, o diagnóstico é clínico, feito com a realização da anamnese e exame físico específico. São solicitados exames laboratoriais e de imagem apenas para descartar outros quadros que possam confundir o diagnóstico ou se somar à fibromialgia.

4 - Existe tratamento?

Sim, tratamento deve ser feito com um acompanhamento especializado e consiste no uso de medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos e relaxantes musculares. Mas, principalmente na prática regular de atividades físicas como aeróbica e anaeróbica. Já a fisioterapia, o pilates e o fortalecimento muscular são grandes aliados para o controle da doença, porém é preciso também ficar atento na alimentação e ter hábitos saudáveis, essas pequenas atitudes farão uma grande diferença no dia a dia do paciente. Não podemos esquecer que é preciso ter uma boa noite de sono, pois ela ajudará muito na qualidade de vida de um portador de fibromialgia.

5 - Mas qual é  a importância da alimentação?

A nutricionista Ana Paula Gluck Karam nos revela que é preciso manter uma alimentação saudável que contenha boas fontes de nutrientes precursores de serotonina.

"Alimentos fontes de triptofano terão como objetivo aumentar a produção de serotonina e podemos citar exemplos como: carnes magras, peixes, mel, iogurte desnatado, queijos brancos e magros, nozes, leguminosas, damasco, açaí, arroz integral e banana; alimentos fontes de melatonina: aveia, cereja, amendoim e vinho; alimentos antioxidantes: frutas e verduras em geral, chá verde, cúrcuma, cacau; alimentos que atuam na redução do estresse/cortisol: abacate, fitoterápicos adaptógenos (rodiola rosea, withannia somnifera e ginseng coreano); suplementos coadjuvantes: ômega 3, óleo de prímula, resveratrol, coenzima Q10 e cúrcuma. Com esse cardápio os sintomas serão minimizados, você sentirá uma redução do cortisol (estresse) e uma indução do sono e relaxamento", afirma a nutri Ana Karam.

Uma dica bacana é acrescentar a couve ao suco de laranja. "O suco é rico em antioxidantes (vitamina C) e rico em polifenóis, já a couve ajuda no processo de detoxificação. Vamos retirar apenas o açúcar por ter ação inflamatória e substituir por mel, por sua ação calmante", aconselha a nutri Ana Karam.

Para melhor o desempenho também é preciso evitar o excesso de industrializados, açúcar, gorduras saturadas e hidrogenadas, que possuem ação inflamatória e alguns alimentos com: glúten, glutamato monossódico, cafeína, corantes, chocolate, camarão, produtos lácteos e aspartame.

6 - E os exercícios?

As atividades físicas são um dos pilares que ajudam no tratamento de um indivíduo com fibromialgia, direta e indiretamente. Segundo o fisioterapeuta Jonas de Andrade Silva, os benefícios diretos da atividade física são: liberação de endorfina, que melhora o fluxo sanguíneo e traz um relaxamento corporal, levando o paciente a ter uma sensação de bem-estar, aliviando as dores e os sintomas associados a doença, como a fadiga e as alterações no sono.

Já a forma indireta auxilia na prevenção de obesidade, artralgias, depressão, atrofia muscular e osteoporose. "Os exercícios mais indicados são os de intensidade leve a moderada, evitando chegar a uma fadiga muscular. Dentre esses podemos citar: caminhada, alongamento, natação, musculação, pilates e até uma corrida leve, sempre respeitando os limites de capacidade física e dor apresentados por cada indivíduo", explica o fisioterapeuta Jonas Silva. Mas, é preciso tomar cuidado e devem ser evitadas atividades extenuantes, ou praticadas em ambientes com temperatura, barulho ou claridade excessiva. As atividades de grande impacto também podem desencadear as crises ou até mesmo agravar os sintomas.

7 - Como é a rotina?

Lidar com as dores provocadas pela fibro não é uma tarefa fácil, também é preciso muita determinação para mandar embora aquela fadiga que costuma atrapalhar o dia a dia. Apesar do tratamento a doença leva um tempo para ser controlada.

A coach Lívia Teixeira, que também é portadora de fibromialgia, ajuda pessoas que passam pelas mesmas situações que ela. "Viver com fibromialgia é extremamente desafiador e completamente exaustivo. Imagine sentir dor o tempo todo, no corpo todo, não saber a causa nem o que fazer para melhorar e sua única certeza ser o fato de que fibromialgia não tem cura. Sou portadora desde criança. Passei por momentos em que achei que não ia aguentar, saindo de casa todos os dias como se estivesse saindo para a guerra: armada, rígida, preocupada e sem saber se voltaria viva – metaforicamente falando – apesar de às vezes a sensação ser de quase morte. Aos poucos fui encontrando meu caminho e aprendi a conviver com a síndrome", explica.

Já a escritora Fernanda Carvalho Veiga nos conta como foi seu processo de aceitação e como é possível levar uma vida normal mesmo com essa síndrome. "Quando descobri que tinha a fibromialgia fiquei assustada, pois era algo desconhecido para mim, fiquei muito triste por saber que as dores me acompanhariam pelo resto da vida. De início foi difícil aceitar, me acostumar e me adaptar a minha nova rotina, principalmente as medicações, seus efeitos colaterais, a incompreensão das pessoas e a pegar leve com a academia, não fazendo esportes com impacto como boxe e capoeira. Após essa fase inicial, aprendi a fazer tudo que gosto dentro do meu limite, voltei a andar de bicicleta, pular corda, dançar, ir para shows, carnaval e fazer tudo como qualquer outra pessoa da minha idade".

Apesar de ser difícil conviver com a síndrome, pois ela pode desencadear dores terríveis, procure um bom profissional e siga à risca suas indicações, pois só assim será possível driblar a temida fibro.

FONTES CONSULTADAS:

Dr. Charles Amaral de Oliveira: Anestesiologista e Médico Intervencionista da Dor, com certificação pela AMB - Associação Médica Brasileira. Membro da American Society of Interventiomal Pain Physicians (ASSIP) - CRM 78024 - SP.

Dr. Thiago Bitar Moraes Barros: Especialista em Reumatologia pela SBR - CRM 127-125. Ana Paula Gluck Karam: Nutricionista Esportiva e Clinica Funcional - CRN8-6160.

Jonas de Andrade Silva: Fisioterapeuta Especialista em Fisiologia do exercício resistido na saúde, doença e envelhecimento/CECAFI-USP.

Onde dói?

 

As dores de origem emocional atingem principalmente o sistema musculoesquelético do paciente que apresenta fibromialgia e são representadas pelos seguintes pontos dolorosos:

  • Região da coluna cervical
  • Coluna torácica
  • Cotovelos
  • Nádegas
  • Bacia
  • Joelhos 

 Em meu caso, também sinto dores nas juntas dos dedos tanto dos pés quanto nas mãos, fisgadas nos músculos também são comuns em minhas crises.


Meu Histórico


 Desde muito nova eu sempre fui ansiosa, creio que puxei o lado da família dos meus pais (meu pai é muito ansioso) e da minha avó por parte de mãe (muito ansiosa e nervosa) porém, somente eu tenho fibromialgia.

 Tudo começou dos 16 para os 17 anos quando ocorriam eventos de crises de pânico na escola, vinham do nada, nariz fechava, respiração ofegante, coração acelerado, tremor, tontura e por aí vai. Minha mãe ia me buscar na escola pelo menos uma vez na semana.

 Aos poucos comecei a me sentir muito cansada, e as dores vieram de uma vez, sempre tinha que deitar e dormir, é um cansaço tão extremo, que parece que eu andei o dia inteiro, ou fiz um super treino na academia por umas 4 horas e ao mesmo tempo, dores em todo o corpo e juntas (todas as juntas do corpo mesmo, até meus dedo dos pés doem) como se eu estivesse com uma gripe muito forte.
 Sempre que atacava, eu faltava a aula, ou saia da escola mais cedo, tomava vários relaxantes musculares mas nada fazia passar. Chegou tão no extremo que fiquei desesperada e fui ao médico clínico. Fiz uma bateria de exames, desde raio-x até exames do coração, todos eles mostravam bons resultados, mostravam que eu estava ótima, porém, ainda sentia muitas dores.

 Lembro que quando fui na consulta mostra os resultados de todos os exames, eu balançava as pernas, apertava os dedos, mãos soando, (sintomas de ansiedade) e a doutora olhando meus exames já de cara me perguntou se eu era muito ansiosa.
 Eu toda sem saber oque estava acontecendo respondi que sim, e então, foi aí que fui diagnosticada (depois de muitas avaliações da doutora) com fibromialgia.

 Depois da consulta ela me passou um relaxante muscular para tomar quando tiver dor e calmantes fitoterápicos para tomar todos os dias, lembro que quando tive crise de dores e tomava o relaxante muscular, deitava, dormia e acordava sem nenhuma dor mais, e os calmantes até fizeram efeito, mas depois de algumas semanas ele não não funcionava mais como antes, e eu tinha crises, então fiquei tão frustrada por tomar tanto remédio que comecei a parar de tomar.

  Meu corpo já não aceitava mais tanto remédio, sempre que tinha que tomar algum, parecia que ele nem queria mais descer pela garganta.
 Trabalhando em hospital, algumas amigas minhas enfermeiras comentaram comigo sobre passar em especialistas, para poder conviver com essa síndrome (que não tem cura) melhor, e então marquei com um reumatologista, para ter certeza que eu não tinha reumatismo nos ossos; novamente meus exames saíram bons, e com os sintomas o médico me passou um calmante mais forte, indicados para transtornos de depressão maior e ansiedade maior.
 Ele me ajuda muito, mas seus efeitos colaterais no dia seguinte me incomodam um pouco, então não tomo ele todos os dias.

 Nesta última quinta feira, dia 25/06/2020, tive uma crise de ansiedade muito forte durante o serviço, respiração ofegante, nariz tampando, tremores, coração acelerado, medo, bruxismo, e choro... Sabia que no dia seguinte eu teria crise de fibromialgia... Dito e feito, acordei até bem, mas com o passar do dia foi piorando, tudo doía, até meus estômago e sensações de enjoou, nuca doendo, etc... Não resisti e passei no pronto Socorro, tomei varias medicações, Dipirona, Decadron, Tramal e Profenide.
  Hoje, sábado, 27/06/2020 acordei sem nenhuma dor, mas sei que à qualquer momento posso ter uma crise de ansiedade e em seguida de fibromialgia, queria muito conseguir me controlar, mas percebo que estou ansiosa quando estou já passando mal... E uma sensação horrível saber que você não tem mais controle da mente e corpo... Mas aos poucos a gente aprende a conviver e levar um dia de cada vez...

 Fiz este post na esperança de mostrar para quem tem fibromialgia, que você não está sozinha (o), e que podemos lidar melhor com essa situação, e espero de coração que tenham gostado

Não deixe de comentar!
Beijos!



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